A produção de químicos de uso industrial cresceu 1,55% no primeiro trimestre de 2019 em relação ao informado um ano antes, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 6, pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O consumo aparente nacional (CAN), que mede a produção mais importação menos exportação, registrou acréscimo de 2,4% no comparativo entre mesmos trimestres. Já as vendas internas recuaram 2,45% na mesma base comparação.
Entre janeiro e março, a utilização da capacidade instalada no setor cresceu dois pontos em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo taxa média de 75%.
Em nota, a entidade observa que alguns acontecimentos impactaram a produção e as vendas locais, que poderiam ter tido um desempenho melhor no início do ano. "O setor foi afetado pela confirmação da hibernação das fábricas de fertilizantes da Petrobras, na Bahia e em Sergipe, atribuída à falta de competitividade da matéria-prima principal (gás natural), a elevação do custo de aquisição de gás em vários Estados e problemas com fornecimento de energia, sobretudo em decorrência das chuvas que atingiram o País", afirma a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.
Segundo Fátima, a indústria química vem perdendo espaço para o produto importado há algum tempo e não tem conseguido elevar as exportações, o que é mais uma prova da perda de dinamismo e da falta de competitividade do setor.
Fonte: em.com.br