O acordo Mercosul-União Europeia assinado nesta sexta-feira (28/6), não foi ambicioso o suficiente para o setor de açúcar e etanol, mas foi o melhor possível e abre novas perspectivas de negócios. A avaliação foi feita, em nota oficial, pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), que representa as usinas de açúcar e etanol do Centro-sul do Brasil.
"Apesar de, na nossa visão, as negociações para açúcar e etanol não terem sido ambiciosas o suficiente, dada a demanda europeia por açúcar e seu grande potencial de consumo de biocombustíveis, reconhecemos que o acordo foi o melhor possível considerando as limitações impostas pela UE", avaliou a entidade, no comunicado oficial.
No ano passado, o Brasil exportou 349 mil toneladas de açúcar e 43 milhões de litros de etanol para a União Europeia. Até o atual acordo, o açúcar do país se enquadrava na cota CXL, de 780.925 toneladas, com uma tarifa de 98 euros por tonelada. No etanol, era aplicada uma tarifa de 0,19 euro/litro, o que praticamente impedia o acesso ao mercado.
Segundo a Unica, o estabelecimento de cotas de exportação limita o atendimento da demanda do mercado europeu pelo setor sucroenergético brasileiro. Ainda assim, as novas regras estabelecidas nesta sexta-feira podem ser consideradas um passo sólido na direção de uma maior abertura comercial.
"Estão contempladas no acordo cotas para importação de açúcar, etanol carburante e etanol para fins industriais. Ao tomar conhecimento dos volumes e tarifas acordados poderemos avaliar com mais propriedade os impactos para o setor", diz a nota.
fonte: Udop, com informações do Globo Rural